O Papel dos Avós na Educação dos Netos em Contexto de Vulnerabilidade Social
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Abstract
Temos presenciado uma grande mudança nas últimas décadas nas organizações e arranjos familiares. Com a inserção da mulher no mercado de trabalho, o aumento do número de divórcios e recasamentos, a gravidez fora da união conjugal entre outros, as famílias vêm buscando diferentes formas de cuidados das crianças pequenas.
Estudos brasileiros, latinoamericanos e europeus têm mostrado que os avós e, em especial, as avós, têm se constituido em importante fonte de apoio para os filhos, seja nos momentos de crise familiar ou ou não, ao assumirem os cuidados dos netos (por períodos mais ou menos longos). Tal suporte não se restringe às camadas populares. Independentemente do poder aquisitivo das famílias e da maior ou menor presença dos pais, os avós têm sido chamados a atuar como co responsáveis pela educação dos pequenos.
A convivencia intergeracional não é um fenômeno novo para a sociologia e nem para a antropologia. Contudo, a busca de conhecimentos sobre o processo co-educativo que envolve a relação entre avós e netos tem sido alvo de poucas discussões no campo da educação no Brasil. Autores como Oliveira (1999), Cardoso (2011), Coutrim (2010), Oliveira, Coutrim e Figueiredo (2012) e Ramos (2011) vêm alertando sobre a necessidade de se pesquisar mais sobre o tema a fim de se compreender melhor como as dinâmicas familiares se modificam e se (re) arranjam para garantir a educação e o cuidado das crianças.
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