Juventude, laços sociais e processos de subjetivação
Fecha
2014-11-19Publicador
I Bienal Latinoamericana de Infancias y Juventudes, Democrácias Derechos Humanos y Ciudadanía
Autor
de Andrade, Cláudia Braga
Taciana Sene Lúcio, Sene Lúcio
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Resumen
Atualmente temos nos defrontado com uma marcante vulnerabilidade do público juvenil tendo havido nas últimas décadas um expressivo aumento do índice de violência entre jovens e um crescente consumo de álcool e drogas neste segmento. Outro fato significativo se refere a representações do ‘sujeito jovem’ na contemporaneidade, pois apontam para uma transformação do papel do jovem na sociedade tanto na ordem simbólica, como econômica, social e cultural que vem afetando diretamente as formas de subjetivação e a construção de laço social. Estudos no campo das ciências sociais apontam uma mudança estrutural nas sociedades atuais, enfatizando a descontinuidade, a ruptura e a fragmentação, nas quais as formas de sociabilidade não são identificadas por laços estáveis, mas por sua inconstância (Bauman, 2001). A falta de referentes simbólicos culturais produzidos na sociedade contemporânea promove o sentimento de não-pertencimento, de não-filiação e a vertente principal desta precariedade da construção subjetiva dos jovens aparece na identificação subjetiva com a violência (Kehl, 2011).
Nesta nova cartografia social aparece a crise das instituições modernas e da autoridade. No campo da psicanálise surgem algumas discussões em torno da questão da falência da função paterna, que deixa de operar como um referencial simbólico estável e fundante da Lei. Para analisar a manifestação de violência na juventude especialmente no interior de um de grupo social, a noção de fraternidade é um balizador importante para repensar a configuração societária contemporânea. Freud em Totem Tabu (1913) ressalta que as funções paterna e fraterna são fundamentais à constituição subjetiva operada na trama social. A fraternidade vai funcionar como o espaço ético para a formação de laços sociais.
Nossa investigação procurou analisar como a função fraterna aparece na dinâmica das relações dentro de um grupo social de jovens, uma vez que constatamos o fato de que os laços sociais não têm funcionado como um fator de regulação da violência.
Das Republicas como um ‘grupo social’.
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